A Noh News chegou um dia antes, afinal temos pela frente um feriado. Semana que vem volta tudo ao normal, fiquem ligados no e-mail de vocês na próxima sexta-feira!

Talvez seja a emoção de curtir um feriado emendado, coisa rara neste 2024, mas hoje eu estou a própria roleta de assuntos. Pra quem já decidiu ficar por aqui, adianto que vou juntar três assuntos de uma vez: 1) o filme “Ainda Estou Aqui” (e acreditem, tem a ver com a Noh); 2) um papo desagradável mas necessário que aconteceu aqui em casa; 3) um comentário sobre a News passada. Vamos lá?

Algumas News atrás eu comentei como o nosso time enxerga “nohs” em todo lugar. Eu mesmo virei um palpiteiro sempre que ouço em rodas de conversa um papo sobre dinheiro em casal e corto para um “já ouviu a palavra da Noh hoje?”.

Hoje faz uma semana que estreou nos cinemas “Ainda Estou Aqui”, o filme brasileiro sensação do momento. Para quem não sabe de nada sobre o filme ainda ou não foi assistir, indico MUITO, viu? 

[alerta de micro-spoiler. é micro mesmo, mas tem gente que gosta de ir sem saber de nada, então quis avisar]

Lá na primeira parte do filme, a família Paiva ainda nem imagina o quão longa vai ser a espera por alguma resposta sobre o destino do pai, Rubens Paiva. A nossa protagonista, Eunice Paiva (Fernanda Torres, perfeita), como toda mãe deste Brasil, entende que é preciso cuidar do mais urgente e garantir o mínimo funcionamento do lar - então, precisa de dinheiro.

Como faziam os astecas, Eunice vai até uma agência bancária para tentar sacar alguma grana. E aí começa o primeiro de muitos baldes de água fria na história: ela não pode movimentar a conta porque precisa da assinatura do marido. E nem mesmo o paradeiro incerto de Rubens é capaz de comover o gerente. 

A minha companheira, neste momento, leu meus pensamentos e cochichou: “já entendi que você pensou na Noh”. Sintonia é tudo, né? kkkkkkk.

[fim do micro-spoiler]

Então. Eu não consigo deixar de ficar em choque quando topo com momentos assim, que evidenciam como o nosso sistema bancário não foi pensado para dois e, pior, segue desse jeito. Porque a situação que eu contei ali em cima aconteceu nos anos 1970 e, desde então, nada ou quase nada mudou para quem precisa de uma conta conjunta.

Nada mudou nos bancos tradicionais, nada mudou nos bancos digitais. Com alguma dedicação extra, dá para pedir um cartão adicional, mas é aquilo. Adicional nunca será titular, a transparência não existe, a organização do dia a dia fica mais complexa. Isso sem falar em casos extremos, de falecimento, desaparecimento ou doença, e o risco de você ter de lidar com mais um problema, o financeiro.

Falar sobre futuro nem sempre é legal

Um dia desses também (sou péssimo de datas, já perceberam) a minha companheira do mais absoluto nada disse assim “e se acontecer algo com a gente, quem fica com a nossa cachorrinha?”.

Sim, o pensamento intrusivo venceu e tivemos de ter essa conversa. Não foi legal, não, mas sabe? Depois de bater na madeira três vezes, discutimos algumas opções e, sei lá, pelo menos tiramos isso da cabeça.

Até porque, como comentei com a Babs esses dias, eu me incluo num dado que descobrimos recentemente: para 32% dos brasileiros, pets são como filhos. Eu sei bem disso porque, nas Caixinhas do Organizador de Nohs, os pets de vocês aparecem toda hora.

O que os nohzeiros andam pensando e falando

Com toda a razão, a Mônica me escreveu para dizer que eu errei no tom com uma frase da News 44, quando dizia “"quem nunca se sentiu um lixo ao constatar que passou dos 30 ou 40 anos e não atingiu o primeiro milhão de reais em patrimônio?".

O lance da comunicação é que, às vezes, a gente quer dizer uma coisa e acaba falando outra. A minha frase era justamente para criticar essa avalanche de conteúdos que nos fazem acreditar que, sim, basta querer para ganhar muito dinheiro e viver de renda.

Para quem não curtiu, assim como a Mônica, a minha mensagem é: aqui na Noh, a gente não quer inventar essas metas irreais de organização e enriquecimento que, no fim do dia, só deixam as pessoas mais ansiosas.

Todo mundo tem seu ritmo, uma realidade diferente. Tá tudo bem estar exatamente onde você está.

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